11 August, 2024
Nos idos de 1994, acreditávamos que era possível uma forma nova de fazer conservação e restauro – abordando a matéria do património como fonte primordial do conhecimento indispensável à sua transmissão; o diálogo interdisciplinar como ferramenta insubstituível para descerrar esse conhecimento; e a análise crítica da Conservação e restauro como eficaz agregador desse diálogo e sua tradução no tratamento das superfícies.
Desde o início, portanto, que temos uma aguda consciência das nossas capacidades e limites e, por acréscimo, um sentido de responsabilidade que nos compele a ver o acto de conservar como um momento de reflexão. No limite, a insegurança trabalhada é uma bênção e a segurança acrítica resulta extremamente perigosa e, por isso, hoje como há 30 anos, no modus operandi da empresa mantemos primo la testa, dopo le mani (C. Brandi).
Mantemos igualmente uma fé inabalável na importância da disciplina, sistemática e deontologia da Conservação e restauro no assegurar a transmissão presente e futura de bens culturais. E daqui decorrem os esforços que persistentemente envidamos para acompanhar desenvolvimentos conceptuais, técnicos e tecnológicos que possam melhorar o nosso trabalho – porque, para a NC, uma conservação inovadora não é um oxímoro, é um compromisso.
30 anos volvidos, continuamos a aprender com os bens culturais que conservamos, com as pessoas para quem os conservamos, e com as pessoas que nos ajudam a fazer essa conservação. Tem sido um privilégio que continuaremos a fazer por merecer.
Com um reconhecido agradecimento a Todas e Todos os que nos têm acompanhado neste percurso,
Nova Conservação